sábado, fevereiro 27, 2010

Programa de capacitação Lumiar

Idealizada e criada pelo empresário Ricardo Semler, a Escola Lumiar de São Paulo nasceu em 2002 com o Instituto Lumiar – então denominado Associação Lumiar. O Instituto ficou com a atribuição de pensar a proposta pedagógica da escola e de garantir que a prática pedagógica não se afastasse da proposta. A Escola Lumiar Bela Cintra foi inaugurada em 2003 com um grupo de crianças de 2 a 6 anos (somente Educação Infantil) e, hoje, abrange desde o Berçário até o Ensino Fundamental.

Os educadores da Lumiar estão organizados em dois grupos:
- Tutores, cuja função é a de acompanhar e supervisionar um grupo de alunos em todas as suas atividades, interagindo com eles e com seus pais;
- Mestres (professores especialistas), cuja função é a de planejar e coordenar projetos de aprendizagem avaliando o desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos que participam desses projetos.

Trabalhando em equipe, mestres e tutores, utilizam-se das tecnologias da informação e comunicação (TIC) para enriquecer a aprendizagem individual e coletiva.

A participação democrática, forma de gestão participativa em todas as atividades e situações, é formalizada na RODA, assembléia geral da comunidade, realizada semanalmente, voltada para a valorização dos preceitos democráticos em todas as instâncias.

A escola oferece um currículo enriquecido com Projetos eOficinas, além de Módulos de Aprendizagem concebidos coletivamente por tutores, mestres e educandos.

A Fundação RALSTONSEMLER é a mantenedora da Escola Lumiar Bela Cintra.


(fonte:http://www.lumiar.org.br/2009/lumiar.php)

-Site do Instituto Lumiar

http://www.lumiar.org/

-Site da Escola Lumiar

http://www.lumiar.org.br/2009/home.php


-Site da Escola Lumiar Municipal Rural de Lageado

Santo Antônio do Pinhal- São Paulo


http://www.lumiarlageado.org.br/

-Ricardo Semler

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo_Semler

Volta às Aulas


Volta às Aulas
Upload feito originalmente por conteudoseducacionais

terça-feira, fevereiro 23, 2010

Daniela Mercury no Farol da Barra



Site Oficial

http://www.danielamercury.art.br/


Daniela Mercuri de Almeida, mais conhecida simplesmente como Daniela Mercury, (Salvador, 28 de julho de 1965), é uma cantora, compositora, dançarina, produtora,atriz e eventualmente apresentadora[4] brasileira de axé music, samba-reggae e MPB. Vencedora de um GRAMMY Latino, por seu álbum Balé Mulato, recebeu também 6Prêmios Tim de Música, 1 prêmios pela APCA, 3 prêmios Multishow e 2 prêmios peloVMB, de melhor videoclipe e fotografia.

Daniela é considerada uma das maiores cantoras, e mais famosas de axé, e é conhecida como a rainha deste gênero musical. Desde de 1991 até hoje, Daniela lançou diversos álbuns e singles, vendendo mais de 12 Milhões de discos em todo o mundo.[5] Ela foi a única artista brasileira a gravar um DVD comemorativo de 25 anos do Cirque du Soleil e a fazer parte do Festival de Jazz de Montreal. Além disso, Mercury foi convidada para participar do DVD de Alejandro Sanz, e cantar com Paul McCartney, em Oslo, na Noruega, durante a entrega do Prêmio Nobel da Paz.

Em 2009, a cantora lançou o seu mais recente trabalho, denominado Canibália, junto com o álbum, Daniela lançou uma turnê internacional, que até hoje, totaliza mais de 23 apresentações. O álbum gerou três singles, até agora, "Preta", com Seu Jorge, "Oyá Por Nós", com Margareth Menezes e "Sol do Sul". Neste mesmo ano, Camille Paglia, escrito e uma das mais importantes intelectuais na área cultural, e que nutria uma "paixão" intelectual por Madonna, declarou que Daniela Mercury é a artista que Madonna gostaria de ser.

Este ano, 2010, o trio elétrico de Daniela comemora 60 anos, e a artista 20 de carreira, em entrevista, Daniela declarou que produzirá um filme sobre a história do Axé,[6]projeto que ainda não tem diretor definido.[7][8] Para o Carnaval de 2010, Daniela, ao lado de Marcelo Quintanilha, compôs "Andarilho Encantado",[9] single cantando pela primeira vez no "Pôr do Som", show realizado no Farol da Barra, em Salvador.

continua em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniela_mercury




Dona Canô tem 102 anos e é mãe de Caetano Veloso e Maria Betânia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dona_Canô#cite_note-Rubim-1

Crocodilo com Daniela Mercury no Farol da Barra - Foto: João Ramos/Bahiatursa




http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniela_mercury

Site Oficial

http://www.danielamercury.art.br/




Band Folia encerra o Carnaval 2010 com 60 horas de transmissão

Foto: Divulgação/Band
Band Folia encerra transmissão do Carnaval 2010 com 60 horas de transmissão
Da Redação

entretenimento@eband.com.br
Desde 1993, o Band Folia é referência na programação de Carnaval no Brasil. E neste ano não foi diferente. Aliás, foi ainda maior e melhor. Ao longo de 60 horas ao vivo, os telespectadores puderam acompanhar em qualidade HD a festa em vários pontos do país.

O pontapé inicial foi dado na sexta-feira, dia 12, em Salvador. Até a madrugada da quarta-feira de Cinzas, os trios de Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Banda Eva foram alguns dos muitos que bateram ponto diante do estúdio da Band no circuito de Barra Ondina.

Ninguém passou por ali sem conversar com Patricia Maldonado, que encarou a apresentação grávida de cinco meses. "Cobrir o Carnaval de Salvador é sempre um grande prazer. E neste ano, com a comemoração dos 60 anos do trio elétrico e os 25 do axé, conseguiu ser ainda mais especial."

A tarefa de interagir com tantos artistas foi dividida com o locutor da Band FM e especialista em Carnaval baiano, Betinho. "Cada ano é uma emoção a mais. E poder homenagear os grandes responsáveis por essa festa foi particularmente muito gratificante para mim, que ajudo a levar este Carnaval para o mundo desde 1993."

E não apenas de Barra Ondina se faz o agitado Carnaval da Bahia. O Band Folia também esteve no tradicional circuito de Campo Grande, de onde a festa foi acompanhada pela apresentadora Najda Haddad. "Foi um momento incrível em que consegui desenvolver mais o meu trabalho e ainda conhecer melhor a cultura do meu país, tão repleta de coisas lindas", declarou.

A empolgação com Campo Grande se estendeu ao apresentador Nélio Jr, que esteve ao lado de Nadja. "Foi uma experiência maravilhosa. Tivemos o apoio de uma equipe muito bacana e testemunhamos aniversários históricos."

O soprar de velinhas e outras manifestações de destaque renderam várias homenagens concedidas pela Band. Entre os premiados estiveram Luiz Caldas, Armandinho, Elba Ramalho e Daniela Mercury. Alguns troféus tiveram a fundamental participação do público, que votou nos melhores do Band Folia Salvador. Ivete Sangalo levou dois prêmios (melhor cantora e música). A Banda Eva também teve dobradinha, com melhor banda e cantor para Saulo Fernandes. A Banda Psirico foi eleita melhor de pagode.

Pelo terceiro ano, a Band também incluiu o Carnaval de Pernambuco no pacote. Durante as tardes, o público acompanhou uma amostra da ferveção de Olinda. "O Carnaval de lá é emocionante. É até difícil passar pela televisão a energia que acontece no meio daquela folia", explicou o apresentador Luiz Megale. Sua parceira de transmissão, Lorena Calabria, concorda com a força dos pernambucanos. "A impressão era de um Carnaval que duraria para sempre."

Em Recife, a programação foi basicamente noturna. Segundo a apresentadora Renata Fan, a folia recifense é democrática. "Lá estão todas as variações e riquezas do Carnaval de Pernambuco. E poder transmitir isso para todo o Brasil foi o ponto alto."

Sobre a diversidade cultural do Carnaval, a musa Luize Altenhofen, que também esteve na apresentação direto de Recife, é um bom exemplo. "Neste Carnaval, participei de manifestações culturais totalmente diferentes. Desfilei na Sapucaí como rainha da bateria da Renascer e depois presenciei as mostras culturais e musicais encantadoras de Recife", contou.

Para o apresentador Nivaldo Prieto, que acompanhou Renata e Luize, a qualidade técnica da transmissão também não pode ser esquecida. "Fiquei impressionando com a estrutura disponibilizada. E a Band está cada vez mais acertando a mão, mostrando o que o público quer ver."

Também de Recife, os telespectadores assistiram com exclusividade ao desfile do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada. Conheceram ainda flashes do Carnaval nas cidades de Bezerros e Nazaré da Mata.

As transmissões dos Carnavais das avenidas também foram destaque na programação do Band Folia. Pela primeira vez, a emissora exibiu os desfiles dos grupos de Acesso de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Para o apresentador Sérgio Costa, que esteve à frente do Carnaval carioca, a emissora está investindo em um nível elevado de transmissão do Grupo de Acesso. "Dessa forma, o público pode perceber que a qualidade do Grupo de Acesso não deve em nada ao Especial". A opinião é dividida com Fernando Vieira de Mello, responsável pela apresentação de São Paulo. "É um espaço na mídia que só tende a enriquecer a festa."

A cobertura dos Grupos de Acesso teve outro destaque em seu elenco. A apresentadora Adriane Galisteu, que teve um Carnaval inesquecível. Além de compor o time, a loira desfilou pela Rocinha e pela campeã do Carnaval carioca, a Unidos da Tijuca. "O Vitório já está chegando trazendo vitória", disse, adiantando o nome do bebê que espera há quase quatro meses.

E mesmo depois do adeus oficial da folia 2010, a Band seguiu o baile com a transmissão do desfile das campeãs paulistas e cariocas Diretamente da ancoragem em São Paulo, a apresentadora Silvia Popovic resumiu o clima. "Vamos mostrar o melhor do samba com muita alegria e dedicação."

Site da Band Folia

http://www.band.com.br/bandfolia/conteudo.asp?ID=267288

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

60 Anos do Trio Elétrico


Carnaval 2010: Moraes Moreira emociona em trio elétrico


13/02 - 10:49 - Agência Estado


Os 62 anos de idade e os 10 anos em que ficou afastado do carnaval de Salvador não foram suficientes para derrubar a forma do músico Moraes Moreira, primeiro cantor a se apresentar em um trio elétrico, em 1975, já que, antes disso, apenas instrumentos eram tocados a bordo dos veículos. No fim da noite de ontem, Moreira, que diz ter sido "retirado" da folia por 10 anos por criticar os rumos comerciais que a festa tomou, protagonizou um dos desfiles mais emocionantes dos circuitos de festa ao lado de seu filho, Davi Moraes.

O bloco Chame-Gente, sem cordas, arrastou uma multidão pelo Circuito Dodô (Barra-Ondina), com canções de carnavais de décadas atrás. Pombo-Correio, Chame-Gente, Bloco do Prazer, Chão de Praça, entre tantos sucessos do músico, incendiaram o circuito e fizeram os foliões reviver os últimos momentos do carnaval soteropolitano antes da invasão da axé music nos circuitos. "Deixei o carnaval de Salvador por não concordar com como a festa estava sendo conduzida, mas sinto que as coisas estão mudando", desabafou, durante o desfile. "É só olhar vocês aí. Quem disse que não tem mais pipoca na Bahia?"

Não à toa, entre os que seguiam o trio havia grande quantidade de pessoas com mais de 30 anos. "Só vim para ver o Moraes tocar de novo aqui", comentou a radialista Solange Reis, de 38 anos - os últimos cinco longe da folia baiana. "Não tenho mais paciência para essa multidão, mas abri uma exceção. E valeu a pena, foi muito emocionante."

O músico voltou ao carnaval de Salvador em uma parceria com a prefeitura, que este ano homenageia os 60 anos da criação do primeiro trio elétrico, pelos músicos Dodô e Osmar. "Todo esse investimento é o sinal de como consideramos o carnaval importante para a nossa cidade e como respeitamos a figura do trio elétrico como formador da cultura da Bahia", argumenta o prefeito João Henrique Carneiro - ele mesmo, evangélico, pouco adepto da folia. Moraes ainda tem apresentações previstas para a tarde de domingo, no Circuito Osmar (Campo Grande) e para a noite de terça, no Dodô.

Portal Oficial do Carnaval de Salvador
http://www.carnaval.salvador.ba.gov.br/2010/Imprensa/VisualizarNoticia.asp?NoticiaId=2227

http://pt.wikipedia.org/wiki/Trio_elétrico

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar

Em 1950, surgiu, então, a famosa dupla elétrica. Após observarem o desfile da famosa "Vassourinha", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na Rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a dupla elétrica formada por Adolfo Antônio Nascimento - Dodô - e Osmar Álvares de Macêdo - Osmar - resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem. No Carnaval do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "paus elétricos" em cima do carro e com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às cinco horas da tarde do domingo de Carnaval, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.

O nome trio elétrico surgiu em 1951, quando, pela primeira vez, apresentou-se no Carnaval um conjunto de três instrumentistas. A "dupla elétrica" convidou o amigo e músico Temístocles Aragão para integrar o trio e tocar nas ruas de Salvador numa picape Chrysler, modelo Fargo, maior que a "fobica" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O trio elétrico".

Osmar tocava a famosa "guitarra baiana", de som agudo; Dodô era responsável pelo "violão-pau-elétrico", de som grave, e Aragão, pelo "triolim", como era conhecido o violão tenor, de som médio. Estava formado o trio musical.

Surge em 1961, o primeiro desfile público do Rei Momo, papel desempenhado pelo motorista de táxi e funcionário público Ferreirinha.
No ano seguinte, surgiu o primeiro grande bloco de Carnaval, denominado "Os Internacionais", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de baterias ou grupos de percussão. Foi aí que também apareceram as famosas cordas e as mortalhas para brincar o Carnaval. Em 1965 por decreto presidencial é proibido o fabrico, a comercialização e o uso do lança-perfume, introduzido em nosso Carnaval desde 1906, importado inicialmente da França e depois da Argentina.




Anos 70

Os anos 70 fizeram com que o apogeu do Carnaval de Salvador fosse a Praça Castro Alves, onde todas as pessoas se encontravam e se permitiam fazer tudo. Foi a época da liberação cultural, social e sexual.

Até esta época, os trios elétricos eram mais veículos alegóricos, ornamentados quase que exclusivamente com bocas sedan de alto-falantes.

Os amplificadores eram feitos com válvulas e, em cima do trio, ficavam apenas músicos com a guitarra baiana, o baixo e a guitarra, não existindo ainda a figura do vocalista.

Ainda nos anos 70, Morais Moreira deu voz ao trio, candando Pombo Correio e os "Novos Baianos" ousaram e colocaram algumas caixas de som no trio, além de equipamentos transistorizados. Baby Consuelo surgiu cantando com um microfone ligado ao cabo de uma guitarra.

A composição carnavalesca "Colombina", de Armando Sá e Miquel Brito, é reconhecida oficialmente como o hino do Carnaval de Salvador.

Como se não bastasse tanta mudança, uma ainda mais radical ocorreu no Carnaval 74, com o surgimento do bloco "Afro Ilê Aiyê". A entidade que deu início ao processo de reafricanização da festa contribuiu com a aparição do afoxé "Badauê" e o renascimento do afoxé "Filhos de Gandhy". Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador; que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o racismo.

Em 1975 o trio elétrico "Dodô e Osmar" comemorou o jubileu de prata e retornou definitivamente à cena carnavalesca após um período de 14 anos afastado. O trio voltou com uma nova formação incluindo o músico Armandinho, filho de Osmar, e mudou o nome para "Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar".

Em 1976, surgiu, então, o trio elétrico "Novos Baianos", introduzindo junto com o "Trio de Armandinho", o swing baiano.

Em 1977, as escolas de samba que participavam do Carnaval de Salvador deixaram de desfilar. Apesar dos blocos de trio terem surgidos no início da década, é em 1978 que o "Camaleão" inicia a superação do amadorismo vigente entre os primeiros blocos de trio, representando um marco na emergência deles no Carnaval de Salvador. Foi neste mesmo ano que o uso da máscara, antes alegria e graça dos foliões, iniciou o seu processo de desaparecimento.

Adereço indispensável para complementar as fantasias de Carnaval, a máscara que em nosso convívio ficou mais conhecida como careta, serviu também para esconder dos olhares conhecidos e indiscretos a vergonha de um rosto eufórico.

Em 1979, aconteceu, então, o encontro entre o afoxé e o trio elétrico, com o surgimento da música "Assim pintou Moçambique", de Moraes Moreira e Antônio Risério, desencadeando, assim, todo o processo do afoxé "eletrizado" da música baiana atual.

domingo, fevereiro 14, 2010

Claudia Leite


Claudia Leite
Upload feito originalmente por tatahgarcia2



Página Oficial do Carnaval de Salvador

http://www.carnaval.salvador.ba.gov.br/2010/Capa/

Página Oficial de Cláudia Leite

http://www.claudialeitte.com.br/


Carnaval na Bahia




Página Oficial do Carnaval de Salvador

http://www.carnaval.salvador.ba.gov.br/2010/Capa/


Página Oficial de Ivete Sangalo

http://www.ivetesangalo.com/carnaval2010/

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Boaventura De Souza Santos um dos Idealizadores do Fórum Social Mundial


Boaventura De Souza Santos!
Upload feito originalmente por pickpocket.



HOMEPAGE

Boaventura de Sousa Santos é Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É igualmente Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Director do Centro de Documentação 25 de Abril da mesma Universidade e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa.

Co-coordenador científico dos Programas de Doutoramento:
- Direito, Justiça e Cidadania no Século XXI
- Democracia no Século XXI


- Pós-Colonialismos e Cidadania Global

Tem trabalhos publicados sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Os seus trabalhos encontram-se traduzidos em espanhol, inglês, italiano, francês e alemão.

Contactos:
Centro de Estudos Sociais
Colégio S. Jerónimo
Largo D. Dinis
Apartado 3087
3001-401 Coimbra
Portugal
Tel. (351) 239 855570/80
Fax (351) 239 855589
E-mail: bsantos@ces.uc.pt


Entre Setembro e Dezembro
University of Wisconsin-Madison, Law School
975 Bascom Mall
Madison, Wisconsin 53706
USA
Tel. (1-608)2637414
Fax (1-608)2625485
Email: bsantos@wisc.edu

Homepage
http://www.boaventuradesousasantos.pt/pages/pt/homepage.php

Wikipédia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Boaventura_de_Sousa_Santosesenha: Um discurso sobre as ciências, de Boaventura Sousa dos Santos.

Posted by Guto in Jan 23,2009
Uncategorized
Resenha da obra:

SANTOS, Boaventura Sousa.

Um Discurso sobre as Ciências.

Porto: Edições Afrontamento. 12ª Edição.

Autor: Francisco Augusto Cruz de Araújo

Boaventura de Sousa Santos é talvez um dos mais influentes sociólogos europeus dos tempos atuais. Ele nasceu em 1940 em Coimbra, Portugal, e com seus estudos conquistou méritos internacionais ao divulgar suas preocupações com as experiências da vida humana. No Brasil, Boaventura ganhou especial popularidade ao participar das ultimas edições do Fórum Social Mundial. Tradicionalmente, a Europa tem sido berço de grandes pensadores da condição humana. Dentre eles destacam-se nomes como Kant, Rousseau, Norberto Bóbbio, Max Weber e muitos outros. Boaventura é conhecedor da maioria das obras destes e outros pensadores.
Nesta resenha, resumiremos e refletiremos um pouco acerca das três discussões propostas pelo autor: o paradigma dominante, a crise do paradigma dominante e o paradigma emergente. O autor trabalha a idéia de uma evidente crise nas ciências nos tempos atuais, e gradativamente ele expõe como a ciência falirá e como um novo espírito científico deverá substituí-la.
Boaventura neste discurso tem o objetivo de refletir acerca das ciências no seu conjunto, observando toda a sua trajetória ao longo dos séculos, bem como reflete a idéia de progresso científico, concluindo que ainda vivemos baseados numa ciência que tem muito a amadurecer.
Em seu discurso, Boaventura se dá conta eu em meio a um aparato científico tão abrangente, as perguntas e questionamentos tão complexas já não são capazes de interrogar tamanho processo de desenvolvimento da sociedade. Ele acredita, assim como Einstein, que os questionamentos simples como os feitos por uma criança são capazes de nos fornecer esclarecimentos tão próximos da realidade que nos forneceria mais segurança à tantas perplexidades do mundo moderno. Essas crianças devem estar presentes em cada um de nós.
O primeiro exemplo retratado pelo autor em seu discurso remete-se ao espírito infantil de Jean Jacques Rousseau. Destaca ele: “O progresso das ciências e das artes contribuirá para purificar ou para corromper os nossos costumes?” Tratou-se de um questionamento simples, mas de grande profundidade. Rousseau respondeu rapidamente com uma negativa.
É neste sentido que Boaventura sustenta seu olhar firme sobre a ordem científica hegemônica, uma ciência que insiste em manter-se inflexível às reais necessidades humanas, analisa sob um olhar sociológico a crise dessa ciência e propõe um perfil de uma ordem científica emergente.
Quanto à ordem científica dominante, ele questiona a estrutura deste modelo científico desenvolvido a partir do século XVI e que ao longo dos anos foi fortalecendo-se. Esta estrutura científica compromete-se unicamente com uma forma singular de se buscar o conhecimento verdadeiro, baseando-se em seus princípios epistemológicos e em metodologias restritas. Caracterizando-se como um modelo autoritário e que não corresponde às necessidades humanas, opondo-se duramente ao senso comum e afastado da natureza e das carências humanas.
A sua maior crítica remete-se à estrutura em que esta ciência constituiu-se ao longo dos tempos. Baseou-se em um mundo totalmente cognoscível e organizada a partir de uma ordem cronológica, espacial que a tornou verticalizada, fundada numa dinâmica que ele chama de “determinismo mecanicista” e que tem permeado diretamente no comportamento e imaginário da sociedade.
A segunda reflexão levantada na obra revela uma forte crise neste paradigma dominante. O autor levanta quatro justificativas para evidenciar tal crise: a teoria da relatividade, a mecânica quântica, os questionamentos da matemática e os avanços tecnológicos da microfísica, química e biologia.
A primeira condição que evidencia a crise deste paradigma dominante diz respeito à teoria da relatividade de Albert Einstein. A sua idéia principal seria a divisão feita pela ciência entre simultaneidade dos acontecimentos, frisando que os eventos humanos não acontecem paralelamente em tempos simultâneos e representam medições e eventos próprios de cada local em que ocorrem.
A segunda condição que expõe a crise deste paradigma científico remete-se à mecânica quântica que evidencia a impossibilidade de se observar um objeto sem que haja interferência nele, resultando que “o objeto que sai de um processo de medição não é o mesmo que lá entrou” (pág. 25).
A terceira condição da evidente crise é o rigor matemático para explicar os eventos analisados. Tal rigor impõe situações tão restritas de compreensão que as transformam em condições indiscutíveis.
A quarta e ultima evidência da crise exprime-se sobre a teoria de Prigogine, que defende a quebra do modelo “mecanicista” e linear, propondo a transdisciplinaridade que uniu as ciências sócias e as naturais.
Finalizando seu discurso, Boaventura propõe um modelo a qual denomina “paradigma de um conhecimento prudente para uma vida decente” (pág. 37). Para justificá-lo ele traça quatro condições que norteiam e alimentam a ciência que deverá florescer: todo o conhecimento científico-natural é científico-social, todo conhecimento local é total, todo conhecimento é autoconhecimento e todo conhecimento científico visa constituir-se em senso comum.
Desta maneira, Boaventura busca fortalecer a idéia de que o conhecimento científico deva fundamentar-se na conciliação de diversas áreas das ciências existentes da atualidade, enfatizando a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade para alcançar uma dimensão mais aproximada do real. As fronteiras entre as áreas de conhecimento devem limitar-se a pequenos detalhes, visto que todo e qualquer conhecimento desenvolvido pelo homem deve ser utilizado para promover-lhe uma vida decente.

Tags: teoria do conhecimento

http://cientistamaluco.blog.com/2009/01/23/resenha-um-discurso-sobre-as-ciencias-de-boaventura-sousa-dos-santos/