sexta-feira, agosto 31, 2007

O apero


O apero
Upload feito originalmente por Eduardo Amorim

segunda-feira, agosto 27, 2007

Passeio em Itaqui

Elton Saldanha - Bailanta do Tio Flor

Galpão de Estância


Galpão de Estância
Upload feito originalmente por Eduardo Amorim

domingo, agosto 26, 2007

Pingo de patrão


Pingo de patrão
Upload feito originalmente por Eduardo Amorim

Cavalo Crioulo


Solano Ferreira
Upload feito originalmente por Solano Ferreira

Renato Borghetti - Milonga para as Missões

sexta-feira, agosto 24, 2007

Bem na época da Expointer


Bem na época da Expointer
Upload feito originalmente por carheu

I wanna hold your hand


I wanna hold your hand
Upload feito originalmente por raquelsantana

ovelhas


ovelhas
Upload feito originalmente por corbata1982

borrego


borrego
Upload feito originalmente por corbata1982

Huskie na chuva


Huskie na chuva 03
Upload feito originalmente por Júlio Zibetti

Tres contra um


Tres contra um/Thee agains one
Upload feito originalmente por pitecus

Cordeirinhos


Cordeirinhos
Upload feito originalmente por Nadar

Chaira e Truco


Chaira e Truco
Upload feito originalmente por Eduardo Amorim

domingo, agosto 19, 2007

O público


O público
Upload feito originalmente por raquelsantana

Vida de gado


Vida de gado
Upload feito originalmente por raquelsantana

A caminho da baia


A caminho da baia
Upload feito originalmente por raquelsantana

Expointer 2006


Expointer 2006
Upload feito originalmente por raquelsantana

Freio de Ouro


Freio de Ouro
Upload feito originalmente por raquelsantana

Levantando os "quero-quero"


Levantando os "quero-quero"
Upload feito originalmente por Eduardo Amorim

Em tempos de Expointer 2007. Início 20 de agôsto.


A paleteada
Upload feito originalmente por Eduardo Amorim
Tenho uma prima, chamada Patricia, que junto com o marido Eduardo, é campeã de paleteada na fronteira oeste. Dale Patricia!!!

Little Tribute to forever young Bob Dylan

sexta-feira, agosto 17, 2007

to be forever young

A SERENATA


balcão
Upload feito originalmente por rodrigocantarelli


Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mãos incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobro
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
— só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Adélia Prado

quinta-feira, agosto 16, 2007


cores e bucolismo
Upload feito originalmente por ValerioFigueiredo

Monumento a Castro Alves.


Monumento a Castro Alves.
Upload feito originalmente por ribeiro_rivaldo

quarta-feira, agosto 15, 2007

Bilhete em Papel Rosa


A meu amado secreto, Castro Alves.

Quantas loucuras fiz por teu amor, Antônio.
Vê estas olheiras dramáticas,
este poema roubado:
"o cinamomo floresce
em frente ao teu postigo.
Cada flor murcha que desce,
morro de sonhar contigo".
Ó bardo, eu estou tão fraca
e teu cabelo é tão negro,
eu vivo tão perturbada, pensando com tanta força
meu pensamento de amor,
que já nem sinto mais fome,
o sono fugiu de mim. Me dão mingaus,
caldos quentes, me dão prudentes conselhos,
eu quero é a ponta sedosa do teu bigode atrevido,
a tua boca de brasa, Antônio, as nossas vidas ligadas.
Antônio lindo, meu bem,
ó meu amor adorado,
Antônio, Antônio.
Para sempre tua.

Adélia Prado


Adélia vive em Minas Gerais. Carlos Drumond de Andrade foi quem encaminhou a publicação do seu primeiro livro de poesias, em1975.
Antônio Castro Alves, poeta e abolicionista, viveu na Bahia no séulo 19.

segunda-feira, agosto 13, 2007

O Guardador de Rebanhos


Campos de Cima da Serra
Upload feito originalmente por cris s1995lc



Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,
Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.
Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.


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Fernando Pessoa

O Guardador de rebanhos

http://www.culturapara.art.br/opoema/fernandopessoa/fernandopessoa.htm

sábado, agosto 11, 2007

La Cumparsita

"Tango" de Carlos Saura