Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar
Em 1950, surgiu, então, a famosa dupla elétrica. Após observarem o desfile da famosa "Vassourinha", entidade carnavalesca de Pernambuco que tocava frevo na Rua Chile, e empolgados com a receptividade do bloco junto ao público, a dupla elétrica formada por Adolfo Antônio Nascimento - Dodô - e Osmar Álvares de Macêdo - Osmar - resolveu restaurar um velho Ford 1929, guardado numa garagem. No Carnaval do mesmo ano, saiu às ruas tocando seus "paus elétricos" em cima do carro e com o som ampliado por alto-falantes. A apresentação aconteceu às cinco horas da tarde do domingo de Carnaval, arrastando uma multidão pelas ruas do centro da cidade.
O nome trio elétrico surgiu em 1951, quando, pela primeira vez, apresentou-se no Carnaval um conjunto de três instrumentistas. A "dupla elétrica" convidou o amigo e músico Temístocles Aragão para integrar o trio e tocar nas ruas de Salvador numa picape Chrysler, modelo Fargo, maior que a "fobica" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O trio elétrico".
Osmar tocava a famosa "guitarra baiana", de som agudo; Dodô era responsável pelo "violão-pau-elétrico", de som grave, e Aragão, pelo "triolim", como era conhecido o violão tenor, de som médio. Estava formado o trio musical.
Surge em 1961, o primeiro desfile público do Rei Momo, papel desempenhado pelo motorista de táxi e funcionário público Ferreirinha.
No ano seguinte, surgiu o primeiro grande bloco de Carnaval, denominado "Os Internacionais", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de baterias ou grupos de percussão. Foi aí que também apareceram as famosas cordas e as mortalhas para brincar o Carnaval. Em 1965 por decreto presidencial é proibido o fabrico, a comercialização e o uso do lança-perfume, introduzido em nosso Carnaval desde 1906, importado inicialmente da França e depois da Argentina.
Anos 70
Os anos 70 fizeram com que o apogeu do Carnaval de Salvador fosse a Praça Castro Alves, onde todas as pessoas se encontravam e se permitiam fazer tudo. Foi a época da liberação cultural, social e sexual.
Até esta época, os trios elétricos eram mais veículos alegóricos, ornamentados quase que exclusivamente com bocas sedan de alto-falantes.
Os amplificadores eram feitos com válvulas e, em cima do trio, ficavam apenas músicos com a guitarra baiana, o baixo e a guitarra, não existindo ainda a figura do vocalista.
Ainda nos anos 70, Morais Moreira deu voz ao trio, candando Pombo Correio e os "Novos Baianos" ousaram e colocaram algumas caixas de som no trio, além de equipamentos transistorizados. Baby Consuelo surgiu cantando com um microfone ligado ao cabo de uma guitarra.
A composição carnavalesca "Colombina", de Armando Sá e Miquel Brito, é reconhecida oficialmente como o hino do Carnaval de Salvador.
Como se não bastasse tanta mudança, uma ainda mais radical ocorreu no Carnaval 74, com o surgimento do bloco "Afro Ilê Aiyê". A entidade que deu início ao processo de reafricanização da festa contribuiu com a aparição do afoxé "Badauê" e o renascimento do afoxé "Filhos de Gandhy". Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador; que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o racismo.
Em 1975 o trio elétrico "Dodô e Osmar" comemorou o jubileu de prata e retornou definitivamente à cena carnavalesca após um período de 14 anos afastado. O trio voltou com uma nova formação incluindo o músico Armandinho, filho de Osmar, e mudou o nome para "Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar".
Em 1976, surgiu, então, o trio elétrico "Novos Baianos", introduzindo junto com o "Trio de Armandinho", o swing baiano.
Em 1977, as escolas de samba que participavam do Carnaval de Salvador deixaram de desfilar. Apesar dos blocos de trio terem surgidos no início da década, é em 1978 que o "Camaleão" inicia a superação do amadorismo vigente entre os primeiros blocos de trio, representando um marco na emergência deles no Carnaval de Salvador. Foi neste mesmo ano que o uso da máscara, antes alegria e graça dos foliões, iniciou o seu processo de desaparecimento.
Adereço indispensável para complementar as fantasias de Carnaval, a máscara que em nosso convívio ficou mais conhecida como careta, serviu também para esconder dos olhares conhecidos e indiscretos a vergonha de um rosto eufórico.
Em 1979, aconteceu, então, o encontro entre o afoxé e o trio elétrico, com o surgimento da música "Assim pintou Moçambique", de Moraes Moreira e Antônio Risério, desencadeando, assim, todo o processo do afoxé "eletrizado" da música baiana atual.
O nome trio elétrico surgiu em 1951, quando, pela primeira vez, apresentou-se no Carnaval um conjunto de três instrumentistas. A "dupla elétrica" convidou o amigo e músico Temístocles Aragão para integrar o trio e tocar nas ruas de Salvador numa picape Chrysler, modelo Fargo, maior que a "fobica" do ano anterior, em cujas laterais se liam em duas placas: "O trio elétrico".
Osmar tocava a famosa "guitarra baiana", de som agudo; Dodô era responsável pelo "violão-pau-elétrico", de som grave, e Aragão, pelo "triolim", como era conhecido o violão tenor, de som médio. Estava formado o trio musical.
Surge em 1961, o primeiro desfile público do Rei Momo, papel desempenhado pelo motorista de táxi e funcionário público Ferreirinha.
No ano seguinte, surgiu o primeiro grande bloco de Carnaval, denominado "Os Internacionais", composto apenas por homens. Nesta época, a todo instante "pipocava" um trio elétrico novo, mas os blocos iam para as ruas acompanhados somente de baterias ou grupos de percussão. Foi aí que também apareceram as famosas cordas e as mortalhas para brincar o Carnaval. Em 1965 por decreto presidencial é proibido o fabrico, a comercialização e o uso do lança-perfume, introduzido em nosso Carnaval desde 1906, importado inicialmente da França e depois da Argentina.
Anos 70
Os anos 70 fizeram com que o apogeu do Carnaval de Salvador fosse a Praça Castro Alves, onde todas as pessoas se encontravam e se permitiam fazer tudo. Foi a época da liberação cultural, social e sexual.
Até esta época, os trios elétricos eram mais veículos alegóricos, ornamentados quase que exclusivamente com bocas sedan de alto-falantes.
Os amplificadores eram feitos com válvulas e, em cima do trio, ficavam apenas músicos com a guitarra baiana, o baixo e a guitarra, não existindo ainda a figura do vocalista.
Ainda nos anos 70, Morais Moreira deu voz ao trio, candando Pombo Correio e os "Novos Baianos" ousaram e colocaram algumas caixas de som no trio, além de equipamentos transistorizados. Baby Consuelo surgiu cantando com um microfone ligado ao cabo de uma guitarra.
A composição carnavalesca "Colombina", de Armando Sá e Miquel Brito, é reconhecida oficialmente como o hino do Carnaval de Salvador.
Como se não bastasse tanta mudança, uma ainda mais radical ocorreu no Carnaval 74, com o surgimento do bloco "Afro Ilê Aiyê". A entidade que deu início ao processo de reafricanização da festa contribuiu com a aparição do afoxé "Badauê" e o renascimento do afoxé "Filhos de Gandhy". Era o começo do crescimento cultural do Carnaval de Salvador; que passou a enfatizar os conflitos e a protestar contra o racismo.
Em 1975 o trio elétrico "Dodô e Osmar" comemorou o jubileu de prata e retornou definitivamente à cena carnavalesca após um período de 14 anos afastado. O trio voltou com uma nova formação incluindo o músico Armandinho, filho de Osmar, e mudou o nome para "Trio Elétrico de Armandinho, Dodô e Osmar".
Em 1976, surgiu, então, o trio elétrico "Novos Baianos", introduzindo junto com o "Trio de Armandinho", o swing baiano.
Em 1977, as escolas de samba que participavam do Carnaval de Salvador deixaram de desfilar. Apesar dos blocos de trio terem surgidos no início da década, é em 1978 que o "Camaleão" inicia a superação do amadorismo vigente entre os primeiros blocos de trio, representando um marco na emergência deles no Carnaval de Salvador. Foi neste mesmo ano que o uso da máscara, antes alegria e graça dos foliões, iniciou o seu processo de desaparecimento.
Adereço indispensável para complementar as fantasias de Carnaval, a máscara que em nosso convívio ficou mais conhecida como careta, serviu também para esconder dos olhares conhecidos e indiscretos a vergonha de um rosto eufórico.
Em 1979, aconteceu, então, o encontro entre o afoxé e o trio elétrico, com o surgimento da música "Assim pintou Moçambique", de Moraes Moreira e Antônio Risério, desencadeando, assim, todo o processo do afoxé "eletrizado" da música baiana atual.
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