domingo, junho 06, 2010

Visita de Marina ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais



http://pt.wikipedia.org/wiki/INPE

Fonte: Só Noticias, Mato Grosso

A pré-candidata a Presidência da República pelo PV, Marina Silva, afirmou que deixou o Ministério do Meio Ambiente porque teve um embate com o ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, pré-candidato a senador pelo PR, por conta dos dados do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais- que passou a divulgar o aumento no desmatamento em Mato Grosso, enquanto o governo estadual questionava, fazia duros ataques ao instituto e ao governo apontando que o desmatamento era bem menor que o anunciado.

Marina concedeu entrevista para a revista IstoÉ

http://www.istoe.com.br/reportagens/77849_PODEMOS+ANTECIPAR+O+FUTURO+PARTE+1?
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Não deixe de consultar o vídeo, no endereço acima, da entrevista de Marina aos editores da Revista Isto É, de 9 de junho de 2010 páginas de 48`a 53) onde também fez balanço sobre sua atuação no ministério e atacou o ex-governador matogrossense. "Precisamos criar uma nova narrativa para os nossos produtos. Basta fazer o dever de casa, passando no teste e não mudando o teste como tentaram fazer aqui. Quando as pessoas falavam que o governador Blairo Maggi tinha se convertido ao ambientalismo, eu passava por cética. É que eu sabia o que estava acontecendo em Mato Grosso. Saí do governo porque o governador de Mato Grosso queria contrapor os dados do Inpe, que acompanha desmatamento com altíssima tecnologia, reconhecida no mundo inteiro, aos de uma Secretaria de Meio Ambiente que tinha acabado de ser criada", atacou Marina Silva.

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Artigo para Folha de São Paulo

De junho a junho
Postado em 07/06/2010 por Equipe Marina | Categoria(s): Artigos

Em 9 de junho de 2008, há 105 artigos, estreei esta coluna atendendo a honroso convite da Folha. Durante dois anos, compartilhei com os leitores minhas opiniões, preocupações e dúvidas, dialogando sobre os acontecimentos do Brasil e do mundo. Agora me despeço, a três dias de minha indicação oficial como candidata à Presidência da República pelo Partido Verde, em obediência à lei.

Agradeço à Folha por me permitir a oportunidade semanal de expandir minhas atividades como senadora, e de me dedicar a temas e análises que, segundo meu entendimento, poderiam colaborar para a troca de ideias e conhecimento, a razão de ser de uma sociedade democrática. E é também o cerne do espaço público, mesmo sob a pressão permanente dos mais diversos interesses para torná-lo um território de privilégios, manipulações e excludências. Por isso é importante valorizar a postura da Folha e de outros órgãos de comunicação de dar vez à diversidade.

Agradeço também aos leitores que enriqueceram minha experiência pessoal e pública, com suas mensagens de crítica, carinho, apoio e sugestões, ou mesmo puxando conversa sobre a vida, o país, o futuro. Lamento por nem sempre ter podido responder detidamente a cada um e, de certa forma, aproveito também para me desculpar e pedir que entendam o curto espaço de tempo para dar a merecida atenção. Não foi fácil cumprir meu compromisso. Em muitas ocasiões, principalmente devido à agenda superlotada, fiquei quase na linha do pênalti, mas tenho a satisfação de não ter falhado uma só vez.

No primeiro artigo, dizia que boa parte do Estado brasileiro ainda via na política ambiental um mal necessário. E que setores econômicos atrasados, “saudosistas do tempo da terra sem lei”, pressionavam para desconstituir a legislação ambiental. Hoje, dois anos depois, as ameaças continuam, cada vez mais graves, num movimento coordenado para acabar com o Código Florestal.

Dizia também que a sociedade exerce um papel político extraordinário, de se mostrar quando é necessário para fazer prevalecerem os valores coletivos sobre os interesses de ocasião. Ela acaba de mostrar essa força com o projeto Ficha Limpa, que só se transformou em regra, ainda que imperfeita, por meio da ação e da pressão da sociedade.

Despeço-me desta coluna, assim, reiterando minha convicção de que somente a militância civilizatória da sociedade poderá nos levar a outro patamar de desenvolvimento, com justiça, respeito aos limites ambientais e aos direitos humanos. E de que o debate de ideias aberto, livre, diverso e democrático é o caminho que nos fará chegar lá.

Publicado originalmente na Folha de S. Paulo em 7 de junho de 2010.

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