sexta-feira, janeiro 07, 2011

CACHOEIRA DO GARAPIÁ

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RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA
Embora menos conhecida internacionalmente que a Amazônia, e formando com ela as duas maiores e mais importantes florestas tropicais do continente Sul-Americano, a Mata Atlântica é a floresta-mãe da Nação Brasileira. Nos domínios desse bioma começou a História do país e nessa área vivem hoje cerca de 120 milhões de habitantes, em milhares de cidades. Aqui concentra grande parte dos maiores pólos industriais, químicos, petroleiros, portuários e turísticos do Brasil.

À época da chegada dos portugueses, em 1500, essa floresta se estendia contínua por mais de 1.300.000 km2 , área duas vezes maior que a França, o que correspondente a cerca de 15% do atual território brasileiro. Esta exuberante floresta, desenvolvia-se por quase toda a costa atlântica, com uma faixa de largura variável, chegando na Região Sudeste a avançar pelo interior, atravessando as atuais fronteiras com o Paraguai e a Argentina, na área onde situam-se as fantásticas Cataratas do Iguaçu, consideradas Patrimônio da Humanidade.

Na Mata Atlântica iniciou-se o primeiro ciclo econômico da colonização, com a exploração do pau-brasil, uma essência tinturial, vermelha cor-de-brasa, que deu nome à terra, tornando o Brasil o único país do mundo a ter o nome de uma árvore. Essa madeira preciosa serviu também na construção das naus e na reconstrução de Lisboa depois do terremoto que a destruiu quase por completo, no século XVIII. Ainda hoje a madeira do pau-brasil é considerada a melhor para a fabricação de arcos de violino, entre outros usos nobres, embora, assim como a Mata Atlântica, de onde essa espécie é endêmica, esteja seriamente ameaçada de extinção.

Para os primeiros colonizadores e também para os diversos naturalistas europeus que a conheceram, principalmente nos séculos XVIII e XIX, a Mata Atlântica, ao mesmo tempo, provocava temor e fascínio. Por um lado, era um local essencialmente hostil , com seu aspecto sombrio e labiríntico, com onças traiçoeiras e serpentes venenosas, com batalhões incontroláveis de formigas e mosquitos, em um belo, mas implacável inferno, verde, úmido e quente.

Por outro lado a floresta virgem, exuberante, era a própria visão do paraíso. Palmeiras incontáveis, árvores com até 40 metros de altura recobertas por lianas, musgos, bromélias e orquídeas, belos e exóticos animais como tucanos, tamanduás, papagaios e araras multicoloridas, mutuns e inúmeros beija-flores, borboletas azuis, antas , preguiças, porcos-do-mato e uma grande diversidade de macacos e sagüis. Também os indígenas, com sua cultura tão distinta, reforçavam esse sentimento dúbio entre o prazer e o medo. Nus “como Adão e Eva”, em harmonia com a natureza rica em caça e pesca, água pura e abundante, ervas e frutas saborosas, os indígenas eram para alguns o símbolo da pureza humana. Para outros, o mito se invertia, representando povos arredios, perigosos canibais, almas ignorantes e pagãs a converter ao cristianismo e à civilização.

Para o colonizador, ainda que sensível à beleza da matam a substituição da floresta por cultivos, pastagens e cidades era entendida com a base do “progresso civilizatório” que se buscava.

Tendo a colonização se concentrado até meados do século XX na faixa costeira, e Mata Atlântica foi de todos os ecossistemas brasileiros o mais destruído. Como em nenhuma outra área, ali desenvolveram-se os ciclos econômicos da cana-de-açúcar, do algodão e do café, seguidos já nos séculos XIX e XX por intensos processos de urbanização e expansão agrícola.

Levantamentos realizados entre 1985 e 2000 indicam porém, que embora num ritmo menor que décadas atrás, mas ao mesmo tempo com maior gravidade devido ao estágio avançado de degradação do Bioma como um todo, a Mata Atlântica brasileira continua sendo destruída.



BANHO DE AGUA DOCE-RESERVA DA BIOSFERA DA MATA ATLÂNTICA